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transição capilar numa perspectiva ampla

Em julho de 2017 um Dossiê realizado pelo Google GrandLab revelou uma importante mudança de comportamento. Segundo o texto, denominado “A Revolução dos Cachos”, as buscas por cabelos cacheados superaram pela primeira vez o interesse por cabelos lisos na ferramenta de pesquisa, num aumento de 232%. Essa transformação na forma como homens e mulheres passaram a encarar seu cabelo natural é sem dúvida mais do que estética e guarda fortes ligações com a autoestima, as formas de autoidentificação e autoafirmação.

Nesse escopo, muitas mulheres crespas, cacheadas e onduladas foram pioneiras ao transformar a internet num espaço de troca de informações, experiências e cuidado quando parte da indústria cosmética ainda não atendia às necessidades de tratamento, estilização e modelagem dessas texturas capilares. Pode-se dizer que blogs, grupos, páginas, fóruns, encontros virtuais e físicos foram determinantes para despertar novos caminhos: técnicas foram criadas ou revisitadas, nos familiarizamos com um novo vocabulário e abordagem do uso do cabelo natural. Enfim, uma sementinha foi plantada e muitos profissionais da saúde e da beleza foram desafiados a se atualizar e entender uma necessidade que estava bem diante dos olhos, reivindicando espaço.

Contudo, é preciso encarar a transição capilar sob uma perspectiva ampla. Frequentemente a mudança capilar não surge apenas do desejo de voltar ao natural mas pode estar relacionada aos sucessivos danos à fibra capilar e ao couro cabeludo pelos quais muitas pessoas passaram. As reações alérgicas, a sensibilidade, a perda de cabelo, os distúrbios de oleosidade e caspa e outras afecções do couro cabeludo relacionados ou potencializados pelas transformações químicas também foram responsáveis por um processo de abandono de relaxamentos, alisamentos, colorações e descolorações.

Por tudo isso, também estamos diante de processos de transição capilar impulsionados pela necessidade de buscar alternativas que promovam mais saúde e bem estar sejam pautadas por respeito e ética em todo ciclo de produção. Basta notar que a procura por fitocosméticos, cosméticos veganos, produtos “free from”, dentre outros, também se mostrou relevante nos últimos anos.

Assim, o bem-estar e a busca de harmonia e integração entre a humanidade e o meio-ambiente revela ao mercado a ascensão de uma nova demanda.

É preciso observar enfim, o lugar das terapias capilares na atualidade, como estratégias para prevenção, minimização e tratamento das alterações do couro cabeludo e dos cabelos. Para tanto, não basta apenas conhecimento técnico e recursos tecnológicos, mas um olhar sensível. Entender as matizes da transição capilar e as várias histórias que surgem de um termo tão amplo é essencial.

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